A BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL FENELON BARRETO RECEBE
O III SEMINÁRIO “A PRESENÇA INDÍGENA A MATA DE PERNAMBUCO,
COMO TEMA - LEVANTANDO ALDEIAS”
A Biblioteca Pública Municipal Fenelon Barreto sediou, no último sábado (22), o III Seminário A Presença Indígena na Mata de Pernambuco, que nesta edição trouxe como tema “Levantando Aldeias”. O encontro reuniu autores, estudiosos, representantes de povos originários e instituições culturais, tornando-se um importante marco para o fortalecimento da memória indígena na região.
O evento foi iniciado com uma roda de conversa dedicada a duas obras que dialogam diretamente com a ancestralidade e com a luta dos povos indígenas. O autor indígena Gilvan Giva apresentou “Minha Cumadi Fulozinha”, enquanto o pesquisador Rodrigo Lins Barbosa compartilhou reflexões sobre seu livro “Indígenas e Ditadura Militar, Crimes e Corrupção no SPI e na FUNAI”, obra que chegou a ser cotada ao Prêmio Jabuti na categoria Pesquisa.
A mesa também contou com a presença de representantes do povo Marikito Tapuyá, entre eles Kadu Santos — um dos organizadores do seminário —, além de Tony Antunes, descendente da etnia Xucuru Cariri, e do presidente da Academia Palmarense de Letras, Vilmar Carvalho. Hewrya Lima, representando a AMAS - LGBTQIA+, também participou do encontro, fortalecendo a diversidade de vozes na discussão.
Para o diretor da Biblioteca Fenelon Barreto, João Paulo, o seminário reafirma uma necessidade histórica: reconhecer a importância da Mata de Pernambuco como território indígena vivo e pulsante. “A Zona da Mata é parte essencial da nossa história, da nossa cultura e da nossa identidade. Este seminário reafirma nosso compromisso com a valorização dessas vozes, saberes e tradições”, declarou.
Mais do que uma atividade institucional, o evento tornou-se um verdadeiro encontro étnico, no qual diferentes experiências e perspectivas se cruzaram para promover a construção coletiva de conhecimento. As falas reforçaram a urgência de combater o apagamento histórico e social que ainda atinge os povos originários, além de incentivar a formação de novos olhares sobre sua contribuição para o presente e o futuro do estado.
João Lima sintetizou o propósito maior do encontro ao afirmar: “Cada fala, cada vivência e cada instante do Seminário contribuiu para levantarmos, juntos, mais aldeias — com respeito, dignidade, com vistas às suas culturas e futuro.”
Assim, o III Seminário “A Presença Indígena na Mata de Pernambuco” consolida-se como um espaço essencial de memória, resistência e valorização, reafirmando o protagonismo indígena na construção cultural da região e estimulando a sociedade a reconhecer e defender seus povos originários.
Na ocasião também foral expostos artesanatos e produções literárias com a temática
dos Povos Originários.

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