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Waldemar Lopes - Patrono da Cadeira 03 - Acadêmica Socorro Duran
Nasceu
no dia 1º de fevereiro de 1911, em Peri-Peri, zona rural de Barra de Jangada/
Igarapeba 2º Distrito de Quipapá. Hodiernamente Igarapeba, pertencente ao
município de São Benedito do Sul. Filho de Samuel da Costa Lopes e Júlia Freire
Lopes. Foi registrado no Cartório de Barra de Jangada/Igarapeba no dia 14 de
março de 1911. Recebeu o nome de Waldemar Freire Lopes. O registro foi lavrado
pelo Tabelião Antônio Ramos Barbosa e como testemunha o Coronel Antônio de
Holanda Cavalcanti.
Viveu
sua infância, entre a Fazenda Novo Horizonte, Barra de Jangada/Igarapeba e São
Benedito onde iniciou as primeiras letras; a adolescência entre Peri-Peri e a
cidade de Palmares, na Praça Mauriti onde estudou, teve a oportunidade de
participar da Associação Hora Literária no Clube Literário de Palmares
tornando-se o último membro deste grupo a falecer.
Waldemar
Lopes com apenas 15 anos, adolescente no ano de 1926 fundou o jornal O Ideal.
Caso inédito na imprensa do interior pernambucano. As oficinas do jornal implantadas em uma
propriedade agrícola no Vale do Piranjy e com um correspondente em Nova York, o
escritor Arthur Coelho. O jornal foi ideia de Iracy sua colega que se tornou
sua esposa. O Ideal era muito respeitado pelos seus princípios ideológicos
revelava coerência e imparcialidade. Como orgulhosamente falava o fundador:
“Havia o propósito de fazer justiça fosse na crítica, fosse no elogio”.
Através do apelo do jornal O Ideal
conseguiu a “criação, em São Benedito de uma banda de música, a exemplo do que
ocorre em tantas outras cidades e vilas de municípios vizinhos” (edição de 30
de janeiro de 1928).
Na Edição Especial de O Ideal 25 de
fevereiro de 1989, Waldemar Lopes escreveu: O IDEAL, tão pequeno e humilde,
procurou ser fiel a essa missão, dentro de uma linha doutrinária quase
“instintiva” – digamos assim - , e em que, todavia, se pode identificar
coerência ética na adoção de certos valores. Entre eles, o sentimento
municipalista e o reconhecimento da importância das “forças localistas” a que o
Brasil deve tantos matizes de seu espírito e talvez o próprio milagre de sua
unidade. Não percebo diferenças maiores entre o pensamento do quase-menino que
fazia O IDEAL e a visão política-sociológica do homem maduro que, trinta anos
depois, dirigia no IBGE a Revista Brasileira
dos Municípios. E lutava (quase
sempre anonimamente) pela revitalização do Município.
Sabemos que foi ele o responsável pela
liberação da comercialização da água mineral São Benedito depois de dezena de
anos com a licença engavetada em Brasília.
Waldemar sempre participou
não só como redator do jornal O IDEAL denunciando os problemas do município,
como também, presente nas entidades culturais. Fez parte do primeiro Conselho
Executivo do Centro Cultural Abdias Medeiros. Também da diretoria do São
Benedito Foot-ball clube, no ano de 1926, quando Eloi Malta era o Presidente. Ainda nesse ano, integrou
à mesa examinadora na escola regida pela professora Moema Vieira.
Na edição de 17 de setembro de 1927
consta Waldemar discursando na Escola Estadual Mista regida pela professora
Judith Silva na apresentação poética no Dia 7 de Setembro. Data da
Independência.
Foram as críticas do O IDEAL que provocaram
a decisão do Prefeito Municipal, assegurando aos auxiliares do comércio o
descanso municipal às quintas-feiras.
FORMAÇÃO INTELACTUAL –
Técnico em Administração. Diplomado no Curso Superior de Guerra pela Escola
Superior de Guerra, do Estado Maior das Forças Armadas (turma 1951). Jornalista
profissional, registrado no Ministério do Trabalho (década de 1930).
Estudou também literatura, administração
pública, economia sociologia rural e direito público internacional.
ATIVIDADES PROFISSIONAIS
Editorialista e Secretário do Jornal do
Commércio, do Recife. Vice Presidente da Associação de Imprensa de Pernambuco,
colaborador de vários jornais de Pernambuco e Estados vizinhos. Em 1938 foi
trabalhar no Rio de Janeiro, onde passou a escrever para o jornal A Noite do
Rio de Janeiro, na revista Brasileira de Estatística e na revista Brasileira de
Municípios. Diretor secretário, por 10 anos, da Síntese Política, Econômica e
Social (primeira fase), da Pontifícia Universidade Católica.
Foi Delegado especial de
estatística do Ministério da Agricultura. No Rio de Janeiro foi Diretor da
Secretaria Geral do IBGE, Membro da Comissão Nacional de Política Agrária e
Diretor do Escritório no Brasil da OEA Organização dos Estados Americanos (1954
a 1976).
Representou o Brasil no Committee on
Improviment of National Statistics (Estados Unidos), tendo presidido a reunião
desse comitê em 1954.
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Aloisio da Silva Fraga - Patrono da Cadeira 15 - Acadêmico Paulo Profeta
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Fábio Coelho da Silva – Patrono da cadeira 18 – Acadêmico Vilma Carvalho
Ezequias
Pessoa de Siqueira – Patrono da cadeira 29 – Acadêmica Sylvia BeltrãoAloisio da Silva Fraga - Patrono da Cadeira 15 - Acadêmico Paulo Profeta
– Patrono da Cadeira 15 da APLE-Academia Palmarense de Letras
Paulo Profeta (*)
Em 23 de fevereiro de 1919, data de nascimento de Aloisio da Silva Fraga, presidia interinamente o Brasil Delfin Moreira que governou o país até final de julho do mesmo ano quando passou o cargo para Epitácio Pessoa, do qual foi Vice Presidente. Em Pernambuco era Governador Manuel Antonio Pereira Borba e o Prefeito de Palmares era Dr. Fausto Figueiredo.
Aloisio Fraga vinha de família tradicional de Palmares, Pernambuco. Filho de Altino Fraga e Maria Celia Fraga, sem grandes fortunas, mas com prestigio na cidade tanto na política como nos movimentos literários e sociais.
Apenas na adolescência tomou ciência de sua contemporaneidade com o auge do poeta Ascenso Ferreira que se destacou no movimento modernista. Mas, em 1926 começou seus estudos aos sete anos de idade no Grupo Escolar José Bezerra, depois no Instituto Pedagógico de Palmares e concluiu o antigo ginásio no Ateneu Palmarense dirigido pelo também saudoso Miguel Jascelli.
Bem diferente da atualidade, naquela época não precisava ter dinheiro para ter prestigio. As pessoas desafortunadas conviviam e participavam dos movimentos sociais e culturais de acordo com seus talentos, caráter e valores. A necessidade, a escassez de recursos e o costume daqueles tempos o obrigaram a entrar no mercado de trabalho aos 13 anos - como aconteceu com o poeta Ascenso Ferreira - em dezembro de 1933, sendo admitido na Estrela do Oriente, um armazém de tecidos da cidade de Palmares.
O município de Palmares vivia uma efervescência cultural. A “Biblioteca do Clube Literário” fundada no dia 1º de outubro de1882 cuja finalidade era a descontração entre amigos, poetas que de forma recíproca expunham suas criações. Porém com o prestígio obtido em meio à sociedade, aquela “associação de intelectuais” tornou-se um espaço destinado a manifestações culturais, sociais e politicas que logo ficou conhecido por meio de seus bailes e serestas prestigiados pela sociedade local. Contou com a influência de Dr. Fausto Figueiredo, politico atuante, décimo primeiro prefeito do município, engenheiro da Great Western Railway e articulista de vários jornais locais, tais como: O Progresso, A Gazeta e A Notícia. Uma obra de destaque de seu governo foi a construção do Cine Teatro Apolo, em 1914, com o farmacêutico Otaviano Lagos. Eleito para o senado estadual, Fausto Figueiredo foi alvo de atentado, em 18 de dezembro de 1919, falecendo na cidade do Recife.
Daí surgiu novo grupo político, a família Paranhos, que governou a cidade até a Revolução de 1930, com a intervenção do governo do estado numa tentativa de extinguir o poder dos coronéis. Os prefeitos vinculados a esse grupo foram: Virgíneo Freire Barbosa (1919/1922); Ismael Gouveia (1922/1925), cujo mandato foi concluído pelo Vice-Prefeito Pedro Cavalcante Duca Filho; Paulo Paranhos (1925/1928), mandato concluído pelo Vice-Prefeito José Luís da Silveira Barros e Prefeito Dr. Pedro Paranhos (1928/1929), que não completa o mandato, considerando a intervenção já citada.
Mas, o garoto Aloisio Fraga, apenas estudava enquanto o país agonizava entre revoltas militares. “O tenentismo”, um movimento social de caráter político-militar que ocorreu no Brasil nas décadas de 1920 e 1930, período conhecido como República das Oligarquias. Contou, principalmente, com a participação de jovens tenentes do exército. Este movimento contestava a ação política e social dos governos representantes das oligarquias cafeeiras (coronelismo). Embora tivessem uma posição conservadora e autoritária, os tenentes defendiam reformas políticas e sociais. Queriam a moralidade política no país e combatiam a corrupção. “A Coluna Prestes” liderada por Luís Carlos Prestes enfrentou poucas vezes as forças oficiais. Os participantes da coluna percorreram milhares de quilômetros pelo interior do Brasil, objetivando conscientizar a população contra as injustiças sociais promovidas pelo governo republicano. E a Aliança Liberal, Era Vargas (Segunda e a Terceira República) (24 de outubro de 1930 a 31 de janeiro de 1946: 15 anos de duração). Foi marcada por diversas mudanças tanto no aspecto social quanto no econômico. Tudo começou durante o Governo Provisório, ocorrido entre 1930 e 1934 com a criação de novos ministérios, como o Ministério do Trabalho, da Indústria, do Comércio, da Educação, da Saúde, além de nomear diversos interventores de Estado. Isso fez com que muitos estados perdessem sua autonomia para Getúlio Vargas. Os direitos trabalhistas também foram criados e regulamentados com a criação de sindicatos e diversas ações para o benefício dos trabalhadores – criação da CLT, por exemplo. Tudo isso aconteceu com o objetivo de ganhar o apoio popular e, por este motivo, este modo de governar ficou conhecido com populismo.
Em Pernambuco, durante na Era Vargas, quem governou como interventor por mais tempo, primeiro foi Carlos de Lima Cavalcanti (1930/1937) e depois foi Agamenon Sérgio de Godói Magalhães (1937/1945) e em Palmares o advogado Dr. Pedro Afonso de Medeiros. Trabalhando e estudando até 1937 nosso poeta foi contemporâneo de Ascenso Ferreira, entres outros, João Cabral de Melo Neto (1920 – 1999) que atuava no Recife e Mário Souto Maior (1920-2001), ex-promotor de João Alfredo-PE, Prefeito de Orobó-PE e Professor em Bom jardim-PE.
Aloiso Fraga decidiu em definitivo que Palmares não abriria oportunidades para seu crescimento profissional, transferindo-se para Maceió, Alagoas, onde foi convocado para servir a FEB-Força Expedicionária Brasileira a proposito do advento da segunda grande guerra mundial e serviu no 20º Batalhão de Caçadores daquela capital alagoana, sendo promovido a cabo e depois a sargento. Licenciou-se das fileiras do Exercito em 1946, transferindo-se para São Paulo.
Já casado com Dona Cleusa de Macedo Fraga, com quem teve cinco filhos: Roberto Márcio de Macedo Fraga, Tânia Maria Fraga Guimarães, Vânia Maria Macedo Fraga, Sônia Maria Fraga e Ronaldo Márcio de Macedo Fraga; não se adaptou aquela metrópole e se transferiu para o Rio de Janeiro, então Capital da Republica, época em que aprofunda seus estudos em contabilidade, diplomando-se como guarda livros, hoje, contador.
Retorna a São Paulo em 1954 para exercer a função de Subgerente da Internacional Elizabeth Arden e já no ano seguinte, tornou-se sócio cotista de sua própria firma, Auto Zenith Importadora. Somente ganhou estabilidade no emprego, em 1960 quando passou a ocupar o cargo de Chefe do Escritório da filial de São Paulo, da firma Curtume Curitiba onde trabalhou pelo restante de sua existência.
Sua produção poética foi constante. No único livro publicado, “Fotografia em Verso”, pela Editora Santa Terezinha, Brasília – DF, 1998 encontramos poemas das décadas de 1960 a 90. Trata-se de uma coleção dentre todos seus escritos para: “a criatura de alma simples onde o espirito fala mais alto do que o rigor da técnica”.
Afirma o autor em seu Prefácio:
“Eu sou retratista.
Todos os meus versos retratam um pedaço de minha vida.
Eu me encontro em todos eles”
E, arrebatado pela saudade, canta:
NOVA PALMARES
“Como estais linda Palmares! / Por pouco não a conheci...
Vestidos novos, / Enfeites novos... / Até as tuas lágrimas
Que antes jorravam / De teu chafariz / Modernizou-se quimicamente... / Teus novos passeios / Tuas lindas praças,
São motivos de orgulho / Para teus filhos.
...E eu, minha Palmares? / Septuagenário, incapaz
De enxergar as tuas novidades, / Não te vejo como és agora...
Cerro os cansados olhos / E incompreensivelmente te vejo
Como dantes: / Vestida de chita pobre, / Teus enfeites oxidados,
Tuas lágrimas cristalinas, sem química, / Jorrando do teu chafariz...
Ontem saciei minha sede / Com tuas lágrimas de outrora
E lavei meu rosto / Como dantes lavava o meu corpo,
Que saudade! Que sabor!...
São Paulo, Agosto 1989
Foi apresentado e iniciado em 13 de fevereiro de 1962 na Maçonaria onde galgou o grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito - o mais alto da instituição. Assumiu vários cargos e recebeu diversas comendas, destaque para o de Venerável Mestre de sua Loja e o Titulo de Grande Benemérito da Ordem, por Ato No. 0199 de 14 de agosto de 1996 outorgado pelo Grão Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, Francisco Murilo Pinto.
Não se tem noticias de visitas a Loja Maçônica Fraternidade Palmarense No. 01 de sua terra natal, nem se dispõe de documentos, testemunhos e fontes de pesquisas vez que as constantes cheias que a cidade sofreu destruiu livros de atas, e dos membros antigos que fazem parte da oficina, quando indagados, não sabiam sequer da informação que nosso poeta fazia parte da Maçonaria Universal.
(*) Paulo Profeta é artista plástico, escritor e poeta, membro da Academia Serra Talhadense de Letras e da APLE-Academia Palmarense de Letras e Presidente do Instituto de Belas Artes Vale do Una em Palmares-PE.
Fábio Coelho da Silva – Patrono da cadeira 18 – Acadêmico Vilma Carvalho
Fábio Coelho da Silva (1876 – 1908). Poeta,
jornalista e tradutor, por diversas vezes secretário do Clube Literário de
Palmares. Trabalhou na Great Western Railway
Company, como telegrafista e tradutor da lingua inglesa. Participou de diversos
jornais impressos em Palmares, como A Semana (1893-1894) e O Progresso (1898 -
1901). Atuou no Diário de Pernambuco, na época da direção de Arthur Orlando.
Ali foi tradutor e escreveu crônicas, sob o pseudônimo Sylvio de Val. Faleceu
jovem, aos 32 anos, vitimado pela epidemia de febre amarela que assolou o
estado naquele período. Deixou esposa e cinco filhos. Sua obra em verso e prosa
pode ser encontrada em vários jornais e revistas literárias da época.
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O maior poema de Ezequias Pessoa de Siqueira:
A enchente que levou os versos foi a mesma que fez
com que eu mudasse a minha estratégia de pesquisa. Eu tinha que buscar “versos
vivos”: A família de Ezequias Pessoa de Siqueira. Foi quando eu consegui
localizar o “maior poema” que o meu patrono já escreveu: Evangelyne Pessoa, a
filha dele! E comecei a “escutar” suas lágrimas por conversas telefônicas. As
primeiras confissões chorosas e simultaneamente emocionantes me diziam:“Papai
foi um jovem sonhador que lutou pelo certo, com esperança no amor”
E eu comecei a conhecer a história dele.Os pais:
Edith Jorge de Siqueira e José Pessoa de Siqueira
A biografia:
Nascido no dia 02 de agosto de 1932, no
Engenho Lajedo, área rural de Palmares. Filho de tradicional família
palmarense. Chegou à Palmares em maio de 1945, ainda menino, estudou
contabilidade e posteriormente trabalhou no Banco do Povo. Foi funcionário da
antiga Fundação SESP, na área de saúde pública. Concursado pelo Ministério
da Saúde, ocupou o cargo público de agente administrativo em hospitais e postos
de saúde do Recife. Publicou alguns sonetos no antigo jornal “A Noticia”. Tem
inúmeros poemas inéditos. Foi incluído no livro “Poetas de Palmares”, publicado
em 1973.
Tem originalidade os seus poemas todos eles
moldados à rigorosa metrificação, e ritmos perfeitos.
É um grande repentista nos versos humorísticos:
Na oratória, sobressai-se, forte e arrogante,
saindo- lhe as palavras como dardos ou setas, visando o ponto ou a quem ele vai
atingir, sobretudo nos tumultuosos comícios políticos em que tem tomado parte,
nas árduas campanhas eleitorais realizadas em Palmares. Inteligente e
penetrante como é, e dedicado às letras, fez ele por si mesmo a sua cultura.
É expansivo e brincalhão:
Dá-nos gosto a sua aprazível convivência. Por vezes
nos bares ou em outras partes, improvisa horas de arte, com alguns poetas da
terra que com ele se encontram momentos onde todos passam a declamar poemas,
quadras e outros gêneros de poesia. É também um boêmio elegante, de
linha impecável, sem os excessos das manifestações de pouca educação dos que,
pelo efeito de um singular copo de cerveja, se desandam em expansões
espetaculares de palhaços.
(Aurino Vieira da D. Silva.)
A VIDA
Começando por cópula carnal
E entrando neste mundo já chorando...
Porque vou me iludir com esse bando,
Onde o homem mais sério é um chacal.
Viver sempre ligado e de punhal
E usá-lo sempre, se preciso quando,
E quando ficar velho e sem comando,
Não lamentar e suportar o mal.
E no ocaso as juntas se endurecem,
Todo metabolismo diminui,
Enfim, todos os músculos se esmaecem;
Ponto final. Toda estrutura rui
Como as flores do campo que fenecem!...
Pois com a morte tudo se conclui.
*****
EXISTA AMOR
Se não pode existir o amor sublime,
Esse amor que entrelaça os universos;
Exista amor ao menos nos meus versos
Pra combater sem se cansar ao crime.
Que todo ser humano se anime
A combater, sem tréguas, aos perversos;
Procure ser na vida um homem terso
E pelo amor sagrado sempre prime;
Se eu soubesse viver como os canalhas,
Eu venceria a qualquer batalha
Melhor que Aníbal, César ou Cipião.
Mas nasci homem para lealdade,
Me tornando inimigo da maldade,
Da mentira e da falta da razão.
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Dom José Pereira Alves – Patrono da
Cadeira 30 – Acadêmico Adriano Sales
José
Pereira Alves (Palmares, 5 de março de 1885 — 21 de dezembro de 1947) foi um
bispo católico brasileiro. Foi ordenado sacerdote aos 17 de novembro de 1907.
Reitor e professor no Seminário de Olinda, cônego da Sé, deão do Cabido,
Monsenhor Protonotário Apostólico (1920), Governador do Bispado (1921) e
Vigário Capitular da Arquidiocese de Olinda e Recife (1921). Diretor da
"Tribuna Religiosa", do "Mês do Clero" e da revista
"Maria", etc. Com a nomeação do arcebispo de Olinda D. Sebastião Leme
para Arcebispo-Coadjutor do Rio de Janeiro, em 1921, foi eleito Vigário, no ano
seguinte.
Foi sócio de diversas agremiações culturais como o Instituto Arqueológico,
Histórico e Geográfico Pernambucano e a Academia Pernambucana de Letras, da
qual veio a ser vice-presidente, e das Academias de Letras Fluminenses e
Petropolitana. "Eram célebres seus sermões e discursos, nos quais cativava
o auditório tanto pelas ideias originais quanto pela forma bem modelada.
Raramente proferia uma oração sem deixar gravada na mente de seus ouvintes uma
daquelas frases felizes.
Antes de ocupar a sede episcopal de Niterói, já exercera o episcopado como
diocesano de Natal, no Rio Grande do Norte (1923-1928), de onde foi transferido
para Niterói (27/1/1928), tendo tomado posse aos 20 de maio. Durante seu
governo episcopal. Em sua gestão fundou-se em Niterói (1946), o Mosteiro da
Visitação, o segundo a ser fundado no Brasil, após São Paulo. Foi sepultado na
Capela do Ssmo. Sacramento da Catedral de São João Batista, conforme seu
desejo, após solenes exéquias.
No período de "sede vacante", respondeu pela diocese, na qualidade de
Vigário Capitular, Mons. João de Barros Uchôa, que fora seu Vigário Geral após
a morte de Mons. Conrado Jacarandá e que foi seu prestimoso auxiliar e amigo,
tendo-o auxiliado na preparação do l Congresso Eucarístico Diocesano de
Niterói, para solenizar as Bodas de Ouro da criação da Diocese, em 1942. A
respeito de D. José, temos este valioso testemunho do grande Cardeal Leme:
"Uma das figuras primaciais da Igreja em terras do Brasil, um grande
talento, um grande coração, e, acima de tudo, grande em sua modéstia".
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