Poeta empossado, Tony Antunes
DISCURSO DE POSSE DO CONFRADE
POETA/PROSADOR TONY ANTUNES
Nobilíssimo confrade, Presidente desta tão importante Agremiação Cultural, APLE – Academia Palmarense de Letras, meu amigo Adriano Sales. Meus queridíssimos confrades e confreiras. Minhas Senhoras e meus Senhores, meus amigos e amigas, minha família,
Nesta noite gloriosa para mim, venho nestas poucas palavras, tentar expressar o tamanho da minha alegria em assumir uma cadeira, cujo Patrono foi meu amigo. Alguém do qual guardo boas lembranças das conversas sobre as prosas literárias, a poesia, a cultura brasileira e, sobretudo, a sua grande paixão, que era o teatro.
Tomar posse de algo, assim configurado na lembrança de um dos homens mais inteligentes, mais espiritualizados, mais amigos e mais humanos que conheci à época, nos idos dos anos oitenta, meu queridíssimo Teles Júnior, deixa-me extremamente emocionado, feliz e grato ao Deus do meu coração e de minha compreensão, por me proporcionar este lindo e marcante momento. Sobretudo, aqui neste ambiente, outrora chamado de Clube Literário, em que pessoas do naipe de Ascenso Ferreira, Jaime Gris, Zenóbio de Melo e tantos outros, apresentaram seus pensamentos, seus anseios e desejos, seja na forma de seus poemas, ou de suas prosas.
Neste lugar em que a nossa “Guardiã das preciosidades palmarense”, citada por Luiz Berto numa das suas obras literárias, Dona Jessiva Sabino, que cuidou com amor e afinco da nossa Biblioteca Fenelon Barreto, assim agora chamada, me faz refletir e entender o porquê que esta solenidade não poderia ser realizada em outro lugar que não este espaço de Cultura e de Grandeza, como tão bem decantou Silva Jardim, em nosso Hino Municipal.
Devido ao decoro de ser agora um Acadêmico, entendo que assumo de coração, corpo e alma este título que a mim foi oferecido, inicialmente por uma ideia da minha sempre Professora, amiga, boadrinha e agora confreira, Soccorro Duran. Em seguida essa ideia espalhou-se entre os confrades, culminando assim numa votação em que os nobres acadêmicos me escolheram, e aqui estou eu.
Estou motivado não apenas pelo status de ser membro desta Casa das Letras Palmarina – Academia Palmarense de Letras - APLE, onde os nobres acadêmicos são extremamente mais experientes do que eu, mais sábios do que eu, mais letrados do que eu. Entretanto, estou aqui com a mente aberta para aprender sempre com todos vocês, porque entendo que aprender é uma dádiva, dada a nós, pelo nosso Arquiteto do Universo, nosso Pai celestial, que está nas consciências de cada um de nós.
Vamos trabalhar para que nossa Instituição não fique estagnada no tempo, vamos oportunizar que as Letras cheguem aos jovens da nossa cidade, para tanto, trago como eixo norteador do meu ingresso na APLE, duas novas Poéticas que nos oferecem a possibilidade de serem trabalhadas, inicialmente no espaço da nossa Academia, e posteriormente, nos espaços das nossas escolas, nas formas de Concursos e Oficinas de Prosa e de Poesia, refiro-me às Poéticas Absoluta e à Aldravia, que são diferentes formas de ver o mundo através da Nova Literatura do Século XXI.
Ademais, quero deixar aqui toda minha gratidão pelos votos recebidos da maioria dos nobres acadêmicos. O apoio do meu queridíssimo, o espanhol mais brasileiro que conheço, Professor, Poeta, Prosador e Artista Plástico, meu amigo Duran e sua esposa Professora, historiógrafa e também Poeta, Socorro Duran.
Agradeço à Dona Antônia, “de saudosa memória”, mãe da minha amiga-irmã-professora e torcedora, Iolita Campos, que me acolheu num dos momentos mais difíceis da minha vida, quando retornei a esta Terra dos Poetas, há mais ou menos 35 anos.
Ao meu mestreamigo, sempre meu Professor, Poeta, Antólogo, Teórico da Literatura, Admmauro Gommes, que me fez querer ser Poeta/Prosador e me mostrou as ferramentas certas para que eu pudesse traçar o meu próprio caminho. Ao meu mestre-mentor, poeta da estranheza, Vital Corrêa de Araújo, que impulsionou em mim a Santa Insânia, que pelos Prexelândios de Uma Vida, com Arroubos das Artérias, me fez chegar à Poesia do Futuro.
Por fim, não poderia deixar de agradecer a minha família, muito especialmente a minha esposa, Lúcia Andréa, por acreditar neste ex-menino de rua, que não se vitimizou por conta da miséria em que vivia, mas que aproveitou uma mão estendida por uma preta velha, um anjo negro por nome Maria Luíza, que estando eu com 19 anos, me abriu os olhos e me fez enxergar os horizontes na minha frente. Este horizonte que agora se configura no presente, onde então uma Formação Plena em Letras, Professor Universitário, uma Pós-graduação em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, Professor da Rede estadual de Ensino, fruto de dois concursos públicos, uma linda família, excelentes amizades, mesmo sendo poucas, uma Academia Palmarense de Letras, uma Academia Intercontinental de Artistas e Poetas e mais uma Academia Internacional de Literatura Brasileira.
Por tudo isso, venho dizer que de fato, o Deus dos nossos corações tem um plano na vida de cada um de nós, e cabe-nos descobrir qual caminho deveremos percorrer como um farrapo vencido, ou como um homem vencedor. De toda forma precisamos seguir sempre em frente!
Avante, Academia Palmarense de Letras!
Obrigado a todos!
Palmares, 19 de novembro de 2022
__________________________
DISCURSO
DE POSSE DA ACADÊMICA,
POETA E PROSADORA ELIETE CARVALHO
 |
Eliete Carvalho com um dos seus livros direcionados ao público infantil |
Ilustríssimo
Sr. Presidente da Academia Palmarense de Letras Adriano Sales,
Ilustríssima vice-presidente da Academia Palmarense de Letras Rute
Costa e demais componentes da mesa, Senhoras e Senhores e convidados,
Sinto-me
honrada em fazer parte desta renomada instituição, a Academia
Palmarense de Letras. Uma instituição guardiã da cultura e da
literatura do nosso povo, com imensa contribuição e
responsabilidade para com as gerações passadas, presentes e
futuras. Uma academia que se dedica a preservar a história, a arte e
a memória produzidas por seus membros — escritores, poetas,
cronistas, ensaístas, filósofos e outros —, não apenas de
Palmares, mas de toda a região da Mata Sul.
Peço
licença ao público presente para uma breve apresentação. Sou
Eliete Ferreira Carvalho, casada, mãe de duas filhas, Maysa
Emanuelle e Pérola Sofia. Filha de dona Maria José da Silva, uma
mulher que nunca teve a oportunidade de estudar, mas que me permitiu
ser a primeira da família a ingressar em uma universidade. Sou
professora com muito orgulho. No município de Palmares, atuei por 27
anos, ensinando crianças, jovens e adultos — uma vida dedicada à
educação palmarense.
Citando
o grande educador Paulo Freire, reafirmo tudo aquilo que penso e sou:
“Me movo como educadora porque, primeiro, me movo como gente.” É
com esse sentimento de humanidade e de consciência cidadã, política
e social que me apresento ao mundo.
Chego
a esta Academia Palmarense de Letras trazida pela minha produção
literária dos últimos anos, especialmente dedicada à literatura
infantil. Nunca imaginei estar aqui, tampouco escrever livros. O
destino quis que a literatura que faço, divulgada pelos meios de
comunicação da cidade, chegasse aos leitores por meio de livros
físicos e digitais.
Minhas
obras — “Meu cabelo é afro.
E daí?”, “Uma
lagartixa em minha casa” e “A Nuvenzinha Fujona”
— são uma contribuição ao universo linguístico e imaginário da
criança. É por meio da literatura infantil que a criança
compreende o mundo ao seu redor, seja interagindo, pensando,
imaginando, refletindo ou compartilhando experiências e vivências
com o outro.
Meu
interesse pela literatura infantil surgiu quando fui gestora de uma
escola pública em Palmares. Convivendo com crianças de quatro a dez
anos, pude constatar o poder transformador dos livros e da contação
de histórias. Por isso, defendo que a literatura infantil seja
incentivada e trabalhada nas escolas, pois impacta diretamente o
desenvolvimento social, emocional e cognitivo da criança.
Assim,
minha missão e compromisso como escritora é escrever para crianças.
E, quando me perguntam por que escrevo, respondo sempre:
“Escrevo
porque compartilho, com as crianças, sonhos e esperanças.
Escrevo,
enfim, porque a vida é breve”..
Neste
momento, desejo homenagear Margarida de Mesquita, patronesse que me
trouxe até aqui. Nascida em Palmares, foi escritora, poetisa,
contista e romancista, dedicando-se profundamente à cultura e à
literatura palmarense e alagoana. Membro da Academia Alagoana de
Letras, recebeu diversos prêmios, como o Othon Bezerra de Melo,
Juracy Magalhães, Aurélio Buarque de Holanda e o prêmio da
Universidade Federal de Alagoas (UFAL) para romances, contos e
poesias.
Em
obras como “Oásis” (2002), “Contrastes” (2007) e “O Amor
em 3 Tempos” (2014), Margarida de Mesquita demonstra seu amor pelas
palavras, dando vida às histórias da gente simples, anônima e
desafortunada. No livro de poesias “Oásis”, encontro um poema
que expressa sua personalidade e revela o que realmente importava
para ela:
“Estigma
Quando
eu nasci
na
minha bagagem puseram os sonhos
amor
esperanças
e
alguns bens
que
deixei escapar.
Depois
me arrancaram
quase
tudo
levaram
as coisas boas
coisas
loucas
fantasias
esperas angústias.
Deixei
que se fosse
até
a felicidade
que
não soube guardar.
Não
importa o desfalque
deixem
comigo as palavras
o
dom de compreendê-las
e
sabê-las usar.
Deixem-me
o dom
de
fazer poesias
Sem
as palavras eu não posso ficar.”
Uma
salva de palmas para Margarida de Mesquita!
Por
fim, agradeço a todos os acadêmicos pela confiança e pelos votos
que me trouxeram até esta Academia Palmarense de Letras. Em
especial, à Socorro Duran, que me incentivou, mesmo quando eu
relutava em aceitar o convite; a Vilmar Carvalho, meu esposo, que
está comigo para o que der e vier; à minha mãe, pelos ensinamentos
e pela força com que enfrentou as adversidades da vida; e a todo o
público presente nesta noite histórica e literária.
Muito
obrigada,
Eliete
Carvalho
Palmares,
19 de
novembro
de 2022
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
DISCURSO DE
POSSE PROFERIDO NA ACADEMIA PALMARENSE DE LETRAS, REALIZADO EM 08 DE JULHO DE
2017, PELA OCASIÃO DA POSSE DE SEVERINO MARCOS DE OLIVEIRA CARNEIRO, MEMBRO DA
CADEIRA 31 QUE TEM COMO PATRONO SEVERINO JORDÃO EMERENCIANO
É de praxe,
em todas as academias de letras, que no discurso do novo membro seja feita uma
menção honrosa ao patrono e à cadeira em que vai ser empossado. Peço aqui
licença para fazer uma preliminar aos nobres confrades e confreiras da Academia
Palmarense de Letras-APLE, para que neste momento, possa fazer jus ao mérito
dos nobilíssimos: Ricardo Guerra, Juarez Carlos, Socorro Duran e Luciano
Franca, que perseguiram um sonho e usaram suas resiliências em prol de um
legado literário representativo da Zona da Mata Sul do estado de Pernambuco.
Suas lutas se igualam aos pioneiros: Carneiro Vilela, primeiro presidente da Academia
de Letras de Pernambuco; e Machado de Assis, com seu pioneirismo na Academia de
Letras do Brasil.
Comparo-os,
também, aos verdadeiros heróis da nossa literatura que, tiraram das tintas de suas
penas, o melhor que tinham e transformaram em sonhos e realidades.
Tenho a certeza
de que os nobilíssimos e nobres acadêmicos da APLE marcam um mundo literário da
região, não apenas como um marco histórico, mas também como motivo de grande
orgulho para os nossos imortais e gloriosos: Ascenso Ferreira, Waldemar Lopes, Hermilo Borba Filho,
Pelópidas Soares, Jordão Emerenciano, Fenelon Barreto, dentre tantos outros
grandes escritores e poetas que deixaram os seus legados no eco desse grande
castelo da literatura brasileira.
Desejo
ser como os senhores, nobres acadêmicos, e somar, com a cadeira 31, os seus livros
cognitivos, que tão bem escreveram as novas fronteiras do conhecimento, e que
são verdadeiras ferramentas de uma ubiquidade onde se constrói o futuro de
forma atemporal numa região conhecida como Terra dos Poetas; e onde, traço com
a tinta do coração, uma Carta Geográfica do tempo do nosso encontro nas águas
do: Rio Pirangi, Rio Panelas e Rio Una, que deságuam histórias dos tempos
passado, presente e futuro.
Hoje é um
grande dia, 08 de julho, dia do nascimento do nosso grande poeta e escritor palmarense
Hermilo Borba Filho, mas também, um grande dia para a literatura pernambucana,
pois assumo a cadeira de número 31, que tem como patrono um dos maiores
escritores da nossa região, o conterrâneo Severino Jordão Emerenciano. Filho de
operário da Usina Catende, assim como eu, Professor universitário, Bacharel em
Direito e Promotor Público, Fundador do Arquivo Público estadual, Idealizador
de grandes obras de pesquisas acadêmicas e Escritor de vários livros, Jordão
Emerenciano foi um homem singular e plural, que deteve em sua construção e
grandeza literária, obras que foram destaque no Brasil e no mundo. Vale
ressaltar, que o escritor se aproxima tanto de autoridades governamentais, como
da literatura, a exemplo do governador Cid Sampaio, do Escritor Mauro Mota, entre
outros.
Meu
encontro com a história de Jordão Emerenciano aconteceu em Catende, na Escola
Estadual Costa Azevedo, quando fui presidente do Centro Cívico que leva o nome
do escritor. Outro momento, foi através da Aeronáutica, quando fui designado
para fazer palestras na Escola do Estado, no bairro do Ibura, que também tem o
seu nome. Daí, surgem algumas estradas que percebi no meu patrono, ou seja, uma
referência em que eu pudesse seguir como norte para minha caminhada acadêmica,
profissional e humana.
O Livro, como fonte de vida, começa com um filósofo que andava pela rua
de minha querida Catende, Orlando Louco. Este sempre carregava consigo um
livro. Nunca o vi triste, morava na rua
do Vaco, no subsolo de uma caixa d’água. Acho que ele era discípulo de Diógenes,
o grande filósofo Turco, que dormia dentro de um tonel de barro e andava com
uma lanterna acesa durante o dia procurando um político honesto. Mas, meu
primeiro contato com um escritor foi com o conterrâneo Vilmar Carvalho, que atualmente
é pastor de igreja evangélica no Pará. Madrugava ouvindo as histórias do meu
amigo-escritor, achava que era aquilo que queria um dia ser.
Sobre os sonhos
Sempre fui um sonhador e sempre serei.
Se pudesse gritar para o mundo inteiro, gritaria esse
pensar:
Sonhe com aquilo que você
quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de
fazer aquilo que quer. Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança
suficiente para fazê-la feliz. As pessoas mais felizes não têm as melhores
coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus
caminhos. A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se
machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que
reconhecem a importância das pessoas que passaram por suas vidas. (Clarice Lispector)
Parafraseando
o escritor português Fernando Pessoa, deixo uma reflexão para os que andam
matando seus sonhos:
Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a
nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e
inexpugnavelmente nosso.
(Fernando Pessoa)
Sobre a arte e a literatura
[...] em fases apocalípticas o artista se
deveria colocar a serviço daquele que sofre, pois de que outras armas poderia
ele dispor? (Hermilo Borba Filho)
Acredito muito na Arte como uma ferramenta para a solidariedade. E
aqui vai um agradecimento muito especial para dois membros confrades: Paulo
Profeta e Socorro Duran, que incansavelmente dedicam seus tempos em prol da
Arte Solidária, ajudando a tantos por meio de seus gestos solidários.
Citando nosso Patrono da Academia Palmarense de Letras: Ascenso
Ferreira, que colocou todos nós em um Trem, que nos leva e traz através da
literatura em nossas viagens por cada estação-vida...
O sino
bate,
o condutor apita o apito,
solta o trem de ferro um grito,
põe-se logo a caminhar...
— Vou danado pra Catende,
vou danado pra Catende,
vou danado pra Catende
com vontade de chegar... (Ascenso
Ferreira)
Parafraseando Ascenso Ferreira - Marcos Carneiro
O sino
bate,
o coração apita com amor,
volta o trem de ferro com vapor,
põe-se logo a caminhar...
— Vou danado pra Catende,
vou danado pra Catende,
vou danado pra Catende
com vontade de chegar...
Cheguei!
(Marcos Carneiro)
Cheguei para me juntar aos nobres
acadêmicos catendenses: Eduardo Menezes, jovem escritor e membro da Academia
Palmarense de Letras que se preocupa com a memória e história da nossa querida
terra natal, Catende, fazendo de seus escritos um coração, onde guarda com
muito amor, os fatos e as personalidades da nossa região; e o também Acadêmico
e escritor filho de Catende, Vilmar Carvalho, que coloca uma estante literária
como espaço para a grandeza humana e a arte de escrever se encontrarem.
Trago alguns sentimentos
catendenses para somar à arte de escrever, como faz Carlos Gaiza, que enaltece
nossa cultura dando ênfase para o maior Mito Cultural da Mata Sul, a Mulher da
Sobrinha; Josibias Fotógrafo, Marcelus; e a poetisa Conceição que já é
considerada como a primavera Poética de Catende; Melchíades Montenegro, o
escritor catendense que pertence a várias Academias de Letras e tem se destacado com sua
literatura no Brasil e no mundo; Bartyra Soares, a conterrânea, membro da
Academia de Letras de Pernambuco, escritora ícone da nossa Região e de nossa
contemporaneidade; todos esses aqui tomados como fontes de águas que desaguaram
positivamente no rio da boa literatura, e são fontes onde bebo em suas águas
cristalinas.
Tenho certeza, como uma
pessoa que ama sua região, respeitando suas crenças, culturas, que honrarei
esses encontros proporcionados pelos sentimentos literários de cada escritor que
floram a literatura do rio Uma, onde me encontro numa trilogia de um Ser
viajante de canoas, trem, avião, boleias e destinos:
Hora com Ascenso Ferreira,
hora com Jordão Emerenciano, e depois voando poeticamente com o Pai da Aviação
Civil, o Palmarense Severiano Lins.
A quem dedico o poema de
Mário Quintana:
Os poemas são pássaros que
chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam voo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E assim, voando, é que as asas do meu voo em céus brigadeiros, e que fez
pousar na APLE, fazendo de mim, mais um “Carneiro”, que passa a ser parte de uma
Academia de Letras, como aconteceu com: Carneiro Vilela, primeiro presidente da
Academia de Letras de Pernambuco; Manuel Carneiro
de Sousa Bandeira Filho, Academia de Letras do Brasil; e, Ascenso Carneiro Gonçalves Ferreira,
Patrono da Academia Palmarense de Letras.
Que honra estou sentindo, pois na cidade de Palmares, onde nasceu seu
filho ilustre, Hermilo Borba Filho, e bem no dia do seu centenário, assumo uma
Cadeira na Academia Palmarense de Letras; mas, também, é o dia de partir para
mais um novo desafio. Desafio este que tomo com humildade e sabedoria,
qualidades ensinadas pelos meus pais: Manuel Carneiro e Maria Carneiro,
Humberto Siqueira e Marinalva; e pelos meus mestres, Romilda Cabral, Eudinha,
Aracy Gama, Consuelo Carneval, Nida Sampaio, Etinha e Marlene Miranda, Léo
Colaço, Fernando e Fernanda Barros, Neuza Brito, José Roberto de Oliveira,
Paula Francinete, Ana Vasconcelos, Pastor Silas Campos. Além de outros grandes
mestres que me ensinaram pela universidade da vida: João e Tieta, Lauro
Portela, Alfredo Panta, Lindinalva (Bidô), Dr. Gustavo (advogado criminalista),
Gilberto Fábio, Jairo Santos, os irmãos Vilmar e Djalma Carvalho, e minhas
filhas: Aline, Amanda e Maria Júlia, bem como minha esposa Juliana Pugas, meus
amores.
Aos nobres acadêmicos da APLE, a quem desejo honra e glória, digo-vos:
Não me lembro mais qual foi
nosso começo. Sei que não começamos pelo começo. Já era amor antes de ser. (Clarice
Lispector)
A todos que acreditaram na capacidade de realizarmos um sonho, digo-vos
ainda: Pássaros iguais, voam juntos.
Que nossas viagens nos imortalizem pelas suas grandezas e conquistas.
Viva Catende! Viva Hermilo Borba Filho! Viva Severiano Lins! Viva Ascenso Ferreira! Viva Jordão Emerenciano! E Viva Academia
Palmarense de Letras!
Obrigado!
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Discurso do Vice-presidente Arantes Gomes na ocasião do
lançamento do seu novo livro DIÁLOGO EM PROSA
Boa tarde a todas e todos!
Gostaria de saudar à
mesa na pessoa do Nobilíssimo Presidente da Academia Palmarense de Letras –
APLE, o Acadêmico Juarêz Carlos e demais confrades e confreiras aos quais saúdo
com Amor, Paz e Harmonia e o Vice-Prefeito do Município dos Palmares Agenaldo
Lessa o qual agradeço pela presença, meus familiares esposa, filhos irmãos e
tias e os familiares de meu Patrono Artur Griz, Rossana Griz, à família
ferroviária na pessoa de Eugênia e Josefa Nascimento, amigos e amigas de luta
sindical na pessoa da professora Irene Lima, Ex-Coordenadora Regional, Meus
Senhores, Minhas senhoras!
Agradeço a presença de
cada um e de cada uma que no dia de hoje, 10 de junho de 2017 deixou sua vida
quotidiana e veio prestigiar esta solenidade de Lançamento de Nosso quarto
Livro Diálogo em Prosa, editado pela CBJE (Câmara Brasileira de Jovens
Escritores), cuja sede é no Rio de Janeiro –RJ.
Agradeço a Deus por
ter me dado a coragem para não desistir por que os desafios são muitos ao longo
da caminhada, desde a inspiração até chegar ao momento final com o lançamento
do Livro.
Aos familiares e
amigos que sempre depositaram em mim confiança para continuar produzindo textos
coerentes.
Não poderia deixar de
agradecer também aos familiares de meu Patrono Artur Griz, pelo incentivo em
divulgar, eticamente, a vida e obras de seu parente.
Agradecer para mim é
fundamental, principalmente a pessoas que fazem a diferença, principalmente
quando se refere à conquista de um sonho, por isso destaco in memoriam José
Inácio do Nascimento, Almir Gomes do Nascimento, Anderson Arantes Valença do
Nascimento pela ação em dedicar horas de seu tempo à produção de memoráveis
textos ora em prosa, ora em verso.
Agradeço ainda aos
editores dos Jornais Diário de Pernambuco, Commércio e Folha de Pernambuco em
Recife, Extra e Vanguarda de Caruaru, Do Interior e A Notícia de Palmares, pela
publicação de alguns dos nossos textos, em especial Artigos de Opinião, ao
longo de duas décadas e ao mundo virtual, com os blogueiros, internautas, pelas
curtidas, compartilhamentos e comentários em nossas postagens, obrigado!
Obrigado também ao
Prefeito do Município dos Palmares o Exmo. Sr. Altair Júnior seu Vice Agenaldo
Lessa por acreditarem nessa nossa empreitada intelectual a Edson Silva
Presidente da Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho que nos recebeu e
conheceu nosso material ainda na fase embrionária.
Eu não poderia deixar
de destacar neste momento ímpar para mim a Academia Palmarense de Letras – APLE
na pessoa de seu Presidente Juarez Carlos, em acatar nossa proposta: fazer o
lançamento de meu livro Diálogo em Prosa, na 29ª Reunião Ordinária da APLE,
numa ação conjunta, com a apresentação da Biografia de Pelópidas Soares,
Patrono do Acadêmico Eduardo Menezes, cadeira Nº 11
Obrigado,
obrigado, obrigado!!
Pensei que fosse céu!
Essa frase me chamou
atenção na música de Vander Lee. Na canção, ele fala sobre os desencantos da
vida e eu falarei de superação. Assim poderei tecer alguns comentários que
julgo importantes sobre o árduo caminho que percorri até chegar ao grande dia
de lançarmos ao mundo, um livro.
Iniciar um projeto para escrever,
publicar e lançar um livro não é fácil, principalmente, quando você é da Cidade
dos Poetas e dos Escritores, conforme LEI Nº 14.450, DE 25 DE OUTUBRO DE 2011 do Deputado
Aluísio Lessa.
Escolher um tema para os textos que irão compor o
seu livro, não também nada fácil, sobretudo por que você precisa antes de tudo,
organizar as ideias sob a perspectiva da complexidade, não no sentido de ser
difícil como trazem nossos dicionários, mas sim articulado, como é definido
pelo dicionário francês. Dar um título ao livro é uma tarefa nada fácil também.
Mas, se você usar os
ingredientes da maneira correta, certamente, terá um bom título, Extra e
Vanguarda que o digam.
Contextualizar o
produto de sua árdua pesquisa é gratificante, principalmente, porque você é da
Cidadezinha Poética, Artigo publicado no Diário de Pernambuco e no Jornal do
Commécio no mesmo dia, que alegria! E alguns dias depois no Vanguarda de
Caruaru. Com esse artigo parabenizo a cidade por seus 138 anos de Emancipação
Política, destacando uma dezena de nomes pelos quais Palmares ficou e/ou é
conhecida. Além disso, ter como patrono, o autodidata, escritor, poeta, contista,
cronista, jornalista, e ainda acrescento lexicólogo Artur Griz, cuja cadeira é
a quinta, o qual escolhi por várias afinidades dentre elas estão a
perseverança, pois dedicou mais de vinte anos de sua vida escrevendo uma
Enciclopédia, num tempo em que metade da população era analfabeta,
homenageando, “modestamente”, sua família, dando o nome a ela de Enciclopédia
Griz, é desafiador. Além de ter a
cidade como final de linha da ferrovia, como fora descrito na Carta - nos
enriquece - para transportar a produção
açucareira da região e outras mercadorias para várias capitais do país, como
descreveu José Inácio. Tudo isso sob os olhares atentos dessa representação de
ferroviários que estão aqui hoje, é majestoso. Aos quais homenageamos,
nostalgicamente, com a canção Trem Azul do cantor e compositor Zé Ripe.
Redirecionar ou
redimensionar, por várias vezes, a estrutura, a forma ou até mesmo o conteúdo
do livro, é estafante, mas que nos
dignifica enquanto escritor versátil, como fui classificado, outrora por um
crítico das artes. Pois precisamos inferir no texto para dele extrairmos a
essência. E, fazendo uso do conhecimento partilhado, possamos adentrar no mundo
textual em busca das pistas intertextuais para efetuarmos o cálculo da
Coerência onde K (cohaerentia,
em latim) é igual C de coesão elevado a quarta
potência e assim entender o sentido do texto. Título de meu primeiro artigo que
o JC, amplamente divulgou para o mundo, fiquei muito feliz! Assim o fizemos em
três capítulos, que ficarão para os ávidos leitores descobrirem.
Permanecer com único
título ao longo da finalização do livro é simplesmente marcante. Aqui neste
trabalho, foram apenas quatro títulos até chegarmos ao atual.
Mas não são somente
esses os desafios. Deixem-me contar-lhes. Quando penso que está tudo concluído
vem a pergunta: Em qual editora publicar... Se se é da cidade dos Palmares,
fica tudo mais difícil ainda. Foram necessárias quatro editoras para
conseguirmos fechar a edição com uma delas, a mais distante.
Quando você fala com as
pessoas de entidades ligadas a educação, cultura em apoiar seu trabalho,
principalmente as que em discursos valorizam a cultura ..., as portas se
fecham.
Depois de tudo isso
vem o grande dia para o lançamento. Mas Meu Deus isso de novo!
E como se não bastasse
toda essa caminhada sofrida vem esse pesadelo novamente e por não estarem todas
concluídas as barragens de contenção, que foram prometidas ao povo, glut! glut!
glut!
Novas enchentes.
Sabemos que s já fazem parte do cotidiano do povo da cidade. Ela também foi
citada no texto: O Menino da cabeça cortada.
Mas quero deixar
registrado aqui, que para mim foi muito importante a parceria entre a
Prefeitura Municipal dos Palmares na pessoa do Exmo. Sr. Altair Júnior Prefeito seu Vice Agenaldo Lessa e da
Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho através de seu Presidente Sr.
Edson Silva pela autorização em colocar a chancela da Fundação no Livro Diálogo
em Prosa, é animador!
Os obstáculos sempre
existirão. Caberá a nós, portanto, o discernimento para vencê-los. Assim como a
florzinha fez quando se sentiu ameaçada pelo besouro intrujão na Fábula o
besouro e a Flor.
Como diz o título do
texto: pensei que fosse céu, mas refletindo sobre tudo que fora apresentado
aqui podemos dizer que ele é uma realidade.
Grande abraço a
todos!!!
Obrigado!
Obrigado!
Obrigado
Arantes
Gomes do Nascimento
***************
DISCURSO DO 3º ANIVERSÁRIO DA
APLE - 13/05/2017
28ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA APLE
No dia 09 de maio de 2014, se
abriu um leque do saber em Palmares e Região Meridional Pernambucana, as letras
tomaram espaço no mundo acadêmico, abnegados doutos se empenharam em promover
os estatutos da neoacademia de Letras de Palmares, na verdade os trabalhos e
pesquisas datam de longas datas, começaram a sonhar bem antes do dia 09 de maio
de 2014. Muitas reuniões estenderam-se madrugadas afora, muitas divergências
foram resolvidas e o bom senso sempre predominou, a democracia foi utilizada em
todas as discussões tomando-se por fundamento os princípios do Respeito, do
Amor e da Harmonia, inteirados da integridade, da placidez, da partilha, da
acuidade e do resgate; assim todo o esqueleto organizacional dos Estatutos
Sociais foram votados e sancionados por todos, tornando-se os Estatutos Sociais
da Academia Palmarense de Letras – APLE, compostos por 15 Capítulos.
Pergunto e respondo - qual a finalidade da Academia Palmarense de
Letras?
Respondo com o que expressa o Capítulo 1º, artigo 1º e Incisos de
1 a 9:
Artigo 1º - A ACADEMIA
PALMARENSE DE LETRAS – APLE, originalmente fundada no dia 09 de maio de 2014, constitui-se
como Pessoa Jurídica de Direito Privado, é uma Entidade Cultural não
governamental, absolutamente independente, sem vinculações político-partidárias,
sem fins lucrativos, com fins única e exclusivamente de promover e valorizar a
Cultura Palmarense e Regional, que funcionará por tempo indeterminado.
A ACADEMIA PALMARENSE DE LETRAS
– APLE, tem por finalidade principal congregar os escritores que tenham obras
literárias devidamente publicadas em seus diversos gêneros e tem por seus
objetivos:
1 - Preservar, defender e
respeitar as Normas da Língua Portuguesa.
2 - Valorizar e preservar as
obras literárias de seus Patronos e de seus Acadêmicos efetivos, empreendendo
todos os meios possíveis para o enriquecimento do seu acervo bibliotecário.
3 - Promover, incentivar e
apoiar, buscando patrocinadores que os custeiem, cursos de âmbito cultural,
conferências, seminários, palestras, concursos de redação e poesia e exposições
lítero-artísticas.
4 - Manter revista, Jornal e
Boletim de Divulgação das literaturas e atividades da APLE.
5 - Incentivar e apoiar
culturalmente aos seus membros efetivos em suas obras literárias.
6 - Prestar Homenagens Póstumas
aos seus Acadêmicos Efetivos e/ou quaisquer pessoas de reconhecidos valores
moral e cívico.
7 - Conceder Diplomas de
Benemerência a pessoas que tiverem reconhecido o seu mérito em razão de
relevantes serviços prestados à Sociedade Palmarense e da Região da Mata Sul.
8 - Empreender todos os meios
de comunicação possíveis para preservação da História Literária Palmarense e
Regional.
E finalmente o inciso:
9 - Celebrar convênios com
Órgãos Governamental da União, do Estado e dos Municípios, com finalidade de
promover a Cultura Literária em todos e quaisquer gêneros.
Como Presidente da Academia
Palmarense de Letras parabenizo a todos os Membros Fundadores e Efetivos que no
decorrer destes 3 anos de vida (se não falha a minha memória dos 30 Membros
Efetivos da APLE 16 publicaram livros) vêm colaborando com o bom desempenho
literário da Terra dos Poetas e dos Escritores, que publicam Obras prestimosas,
verdadeiros diamantes lapidados que brilham na Constelação das Letras,
do saber, levando aos leitores
principalmente em forma de livro, um poderoso instrumento capaz de modificar os
pensamentos, descortinar horizontes do saber, comunicar e filosofar a
visibilidade dos fotos poéticos, dramáticos, líricos, crônicos ocorridos
verídicos ou fictícios, incentivando a leitura, que é a principal ferramenta
para o despertar da vida literária e acadêmica, pois um povo que não ler não
tem história e nem tampouco imortalidade.
A ACADEMIA PALMARENSE DE LETRAS
é composta por 40 Cadeiras, 25 devem ser preenchidas por Membros nascidos ou
residentes em Palmares e 15 Membros nascidos ou residentes na Região Meridional
Pernambucana, atualmente tem 30 Membros, dos quais dois Partiram para a
eternidade e a Imortalidade, os Acadêmicos Jaorish Gomes e Elias Sabino de
Oliveira, a nossa Diretoria Executiva atual é composta por 7 cargos eletivos, a
saber:
Presidente – Juarêz Carlos da
Silva;
Vice-Presidente – Arantes Gomes
do Nascimento;
Secretário – Adriano de Sousa
Sales;
Tesoureiro – José Maria Sales
Poeta Pica-pau;
Diretora de Publicidade –
Sylvia de Azevedo Beltrão;
Bibliotecário – Nonato Barakah;
Orador – Reginaldo José de
Oliveira.
Em nome da nossa Academia
agradeço o comparecimento e participação do Professor Universitário, o Escritor
Marcos Carneiro.
Agradeço os pronunciamentos do
escritor Professor Marcondes Torres Calazans e da Presidente do Grupo Cultural
dos Palmares – GRUCALP, a Atriz Miriam Rodrigues.
Agradeço à Rádio Cultura dos
Palmares, especialmente ao Jornalista, Professor Douglas Miranda Marques que
tem sido um meio eficaz na divulgação das realizações da nossa Academia.
Agradeço aos que fazem a
Biblioteca Pública Fenelon Barreto, principalmente o seu diretor Professor João
Paulo.
Agradeço à Fundação Casa da
Cultura Hermilo Borba Filho, especialmente o seu Presidente Jornalista Edson
Silva.
Agradeço ao meu amigo o Poeta
Atonmírio Barros pelo apoio sonoplástico, fotográfico e cinematográfico fazendo
a cobertura de nossas realizações.
Agradeço aos meus familiares
que me apoiam nesta jornada colorida da sapiência, especialmente a minha esposa
Professora Fátima Carlos que zelosamente vem cuidando da nossa Sede da APLE,
como se fosse a sua residência e aos meus filhos o Coordenador do Curso de
Geografia do Núcleo a Distância da Faculdade Federal de Pernambuco em Palmares
Professor Juares Carlos e a Coordenadora da Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar do Hospital Regional de Palmares a Enfermeira Juareza Carlos.
Agradeço à associação Comercial
de Palmares, especialmente ao Presidente Empresário José Otávio Ferreira Fins
Filho e ao secretário Stélio Angelins Ramos que gentilmente nos cederam este
espaço para esta celebração do 3º aniversário da APLE.
Agradeço a todos que direta ou
indiretamente colaboram com a nossa Academia.
Enfim agradeço a todos que nos
honram e participam do 3º aniversário da Academia Palmarense de Letras.
Salve o Maior Poeta Palmarense
Ascenso Carneiro Gonçalves Ferreira, nascido no dia 09 de maio de 1895, o
Patrono da nossa Academia Palmarense de Letras, em sua homenagem declamarei o
seu poema intitulado FILOSOFIA:
Hora de comer, - comer!
Hora de dormir, - dormir!
Hora de vadiar, - vadiar!
Hora de trabalhar?
- pernas pro ar que ninguém é
de ferro!
Salve a Academia Palmarense de
Letras!
Salve Ascenso Ferreira!
Salve o dia das Mães!
SALVE A CULTURA DA TERRA DOS
POETAS E ESCRITORES!
Salve 13 de Maio, a Abolição da
Escravidão do Brasil!
Muito Obrigado.
Juarêz Carlos
Presidente
**********************
Discurso
de Posse do Presidente empossado Acadêmico Juarez Carlos 05/07/2016
É para mim uma satisfação enorme assumir a presidência desta
Academia Palmarense de Letras - APLE, antes de prosseguir com o meu discurso,
desejo agradecer a Deus, aos meus queridos e saudosos pais: Sylvio Carlos e
Luiza Oliveira, a minha prestimosa esposa: Fátima Gouveia Carlos, aos meus
prediletos filhos: Juares e sua esposa Érica Monte e Juareza e seu esposo Edson
Rodrigues, e especialmente aos meus nobres confrades que me escolheram para
estar à frente da casa de cultura e grandeza, a Academia Palmarense de Letras.
Nasci
no Município de Belém de Maria no Estado de Pernambuco, estudei as primeiras
letras nos estabelecimentos de Ensino Belenense, aprendi as primeiras letras na
Escola Particular Tereza Dondom, depois ingressei no Grupo Escolar Municipal
Adauto Carício, em seguida ingressei no Educandário Nordestino Adventista, o
ENA e aos doze anos cheguei na cidade de Palmares para cursar o ginasial, no
Ginásio Municipal Augusto Pinto Ribeiro, a mais importante Instituição de
Ensino da Mata Meridional Pernambucana, a antiga Região Mata Sul de Pernambuco,
prestei um verdadeiro vestibular, o terrível Admissão, obtive êxito e cursei o
primeiro ano ginasial, por questões familiares volto a Belém de Maria e lá
terminei o curso Ginasial, no ENA, Educandário Nordestino Adventista, em
seguida prestei o vestibular do Ginásio Pernambucano do Recife e ali iniciei o
Curso Científico, também na Capital Pernambucana ingressei no Seminário
Teológico Presbiteriano do Recife, na época meus pais residiam em Palmares, em
Palmares ingressei na Faculdade de Formação de Professores da Mata Sul –
FAMASUL, no curso de Ciências Biológicas, em Caruaru ingressei no Curso de
História da Faculdade de Filosofia de Caruaru, FAFICA, e por fim conclui o
Curso de Odontologia na Faculdade de Odontologia de Caruaru, FOC, hoje ACES.
Com
a posse de meu irmão Jader Carlos da Silva como prefeito de Palmares eu assumi
a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes, tivemos a oportunidade
de incrementar o ensino palmarense e no primeiro ano de gestão o Ginásio
Municipal Augusto Pinto Ribeiro passou de 1.200 para 3.000 alunos e o jeito foi
criarmos uma extensão, desde modo alugamos as dependências da Maçonaria no
Bairro São José e ali fundamos o Ginasial Municipal Noturno, uma reivindicação
dos alunos palmarenses, principalmente os que trabalhavam durante o dia, uma
vez que, no prédio do Ginásio Municipal Augusto Pinto Ribeiro funcionava à
noite o estabelecimento de ensino particular, a Escola Técnica dos Palmares.
Para
contemplar a lacuna do seguimento escolar, pois o Município de Palmares
disponha dos Cursos: Primário, Ginasial e Superior, não possuía Curso Médio,
acionamos a Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco e o Ministério da
Educação e após a regulamentação dos Cursos de Magistério e Técnico em
Contabilidade, o Curso Médio foi habilitado para a alegria da estudantada
palmarense, O Ginásio Municipal passou a ser chamado de Colégio Municipal
Augusto Pinto Ribeiro.
A
Faculdade de Formação de Professores da Mata Sul estava inadimplente, existia a
criação, entretanto o Corpo Docente estava desabilitado segundo o Ministério da
Educação do Brasil, e a ordem era fechar a Faculdade, a não ser que
providenciasse imediatamente a habilitação dos professores, a trabalheira foi
enorme, mas, seguindo a orientação do MEC (Ministério da Educação) no Recife
contratamos oito (8) professores habilitados da Faculdade Federal de Pernambuco
e assim a recém criada FAMASUL recebeu a autorização e a revalidação de seus
Cursos.
Talvez
a coisa mais importante na minha vida em Palmares foi ser professor e Diretor
do querido Ginásio Municipal.
Além
de lecionar na Rede Pública Municipal de Ensino de Palmares, lecionei no
Colégio de Nossa Senhora de Lourdes e no Colégio CEPRED, não só lecionei como
também dirigi.
Tive
o privilégio de ser chamado para lecionar a Cadeira de Cirurgia da Faculdade de
Odontologia de Caruaru, assim terminei a minha participação educacional.
Trabalhei
no comércio de Palmares, foi Gerente da Bomboneria Jenner Carlos e do Hotel
Espacial de Josias Carlos, foi proprietário da Padaria da Rua Coronel Izácio e
do Hotel JUACAR na Praça Ismael Gouveia.
Na
área da saúde exerci minhas atividades em Palmares, foi Secretário de saúde no
governo de Francisco de Assis Rodrigues da Silva, Coordenador dos Programas da
III Regional de Saúde de Pernambuco, a III GERES, Diretor do Centro Urbano de
Palmares, exerci a odontologia em Palmares com minha clínica e como funcionário
efetivo de Palmares.
Aqui
em Palmares posse dizer que vivi a minha vida, aqui vivi a minha meninice,
coloquei a minha vida em risco ao pular da ponte férrea sobre o Rio Una e
outras coisas mais, aqui vivi a minha adolescência, minhas rebeldias, aqui vivi
a minha fase adulta, com muitos trabalhos realizados, aqui recebi o apoio
necessário para crescer e se desenvolver, aqui produzi, aqui me acheguei de
muitos amigos, aqui estou vivendo a minha velhice, gosto do termo velho, acho
mais bonito do que idoso e do que terceira idade, aqui tive a oportunidade de
encontrar a minha musa, minha amada e minha companheira e admirável esposa a
professora Maria de Fátima Gouveia Carlos de Lima, aqui criei e eduquei e os vi
casarem os meus ajuizados e queridos filhos, o professor Juares Carlos de Lima
e a enfermeira Juareza Carlos de Lima, enfim aqui nesta Terra dos Poetas, dos
Escritores e dos Artistas pintei e pinto os meus quadros, dando uma de artista
plástico, aqui fiz minha exposição de minhas telas na Biblioteca Pública
Fenelon Barreto, escrevi e escrevo os meus poemas, os meus romances, meus
contos e minhas peças teatrais, e junto com os escritores de Palmares e da Mata
Meridional Pernambucana fundamos a Academia Palmarense de Letras – APLE, aqui
recebi a sã doutrina na bendita Igreja Presbiteriana de Palmares, aqui
encontrei um amigo pastor, advogado, escritor e professor de todas as horas, o
meu Confrade, o Imortal Dr. Elias Sabino de Oliveira.
Hoje
recebo a Presidência desta Academia Palmarense de Letras, juntos com o
Vice-Presidente, Nobre Acadêmico Arantes Gomes do Nascimento, o Secretário,
Nobre Acadêmico Adriano de Souza Sales, o Tesoureiro, Nobre Acadêmico José
Ferreira Sales Poeta Picapau, a Diretora de Publicidade Nobre Acadêmica Sylvia
de Azevedo Beltrão, o Bibliotecário Nobre Acadêmico Nonato Rodrigues Barakah e
o Orador Nobre acadêmico Elias Sabino de Oliveira, e com a compreensão e apoio
de todos os Nobres Imortais desta Academia de Letras.
Como
mola principal de nossa administração:
Vamos
mostrar a Palmares e a Mata Meridional Pernambucana o porquê Palmares é
considerada - Terra dos Poetas, dos Escritores, e dos Artistas, com um trabalho
intelectual intitulado Conheça o Poeta, o Escritor e o Artista Vivos - sem se
esquecer e tomando como exemplo os nossos Imortais do passado.
Vamos
buscar novos talentos intelectuais, principalmente nas escolas, através de
concursos literários.
Vamos
levar para os Bairros de Palmares e da Mata Meridional Pernambucana a Poesia, o
Teatro e o Cinema.
Vamos
fundar o Jornal da APLE - Intitulado A POESIA.
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JUARÊZ CARLOS DA
SILVA
MEMBRO DA ACADEMIA PALMARENSE DE LETRAS
- APLE
CADEIRA 4 - PATRONO HERMILO BORBA
FILHO.
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Discurso do Primeiro Presidente da
APLE - Ricardo Antônio Guerra da Silva,
na posse da nova mesa diretora da entidade proferido em 05/07/2016
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